Osvaldo Cunha no gramado do Brinco de Ouro. Crédito: revista A Gazeta Esportiva Ilustrada número 266.

E foi jogando pelo “Bugre” que Osvaldo Cunha ganhou destaque no disputado cenário paulista. Em 1963 foi eleito o melhor lateral-direito do campeonato, quando inclusive fez frente ao futebol sempre inquestionável de Djalma Santos.

Em 1964 fez parte da delegação campineira que percorreu os gramados da Colômbia e somou ótimos resultados. Em 17 compromissos; o Guarani venceu 11, empatou 4 e perdeu apenas 2 jogos.

Ainda em 1964 participou da marcante partida em que o Guarani massacrou o poderoso Santos de Pelé por 5×1, jogo válido pelo campeonato paulista. Abaixo, os registros do histórico triunfo campineiro:

18 de novembro de 1964 – Campeonato paulista segundo turno – Guarani 5×1 Santos – Estádio Brinco de Ouro da Princesa – Árbitro: Armando Marques – Gols: Carlinhos aos 5′, Ditinho (contra) aos 6′, Joãozinho aos 7′ e Babá aos 44′ do primeiro tempo; Américo Murolo aos 10′ e Nelsinho aos 40′ do segundo tempo. 

Guarani: Sídnei; Osvaldo Cunha, Ditinho e Diogo; Ílton e Eraldo; Joãozinho, Nelsinho, Babá, Américo Murolo e Carlinhos. Técnico: Armando Renganeschi.Santos: Gylmar; Ismael, Modesto e Geraldino; Zito e Lima; Peixinho, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

Foto de Orlando Gasperini. Crédito: revista A Gazeta Esportiva Ilustrada número 278 – Maio de 1965.

Osvaldo Cunha chegou bem recomendado ao Morumbi. Crédito: reprodução revista A Gazeta Esportiva Ilustrada número 278 – Maio de 1965.

Com o campeão mundial Nilton De Sordi muito próximo de sua aposentadoria, o São Paulo contratou o jovem e promissor Osvaldo Cunha em 1965.

Foram boas temporadas com a camisa do São Paulo, sem no entanto conseguir chegar ao tão esperado título paulista!

Em um período marcado pelas obras de conclusão do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, algumas boas ofertas pelos jogadores do tricolor eram sempre bem vindas.

Assim, em 1967, Osvaldo Cunha acertou suas bases financeiras com o Sport Club Corinthians Paulista.

Ao lado do meio-campista Prado, Osvaldo Cunha foi para o Parque São Jorge, na transação que também colocou o zagueiro alvinegro Eduardo Albuquerque no time do Morumbi.

Osvaldo Cunha no gramado do Morumbi. Crédito: revista do Esporte número 347.

Osvaldo Cunha (fotos acima) e Prado custaram aos cofres do Corinthians 220 mil cruzeiros, além do passe do zagueiro Eduardo Albuquerque ao São Paulo. Crédito: revista do Esporte número 440 – 12 de agosto de 1967.

Pelo São Paulo, entre 1965 e 1967, Osvaldo Cunha disputou 76 partidas com 34 vitórias, 23 empates, 19 derrotas e 1 gol marcado. Os números foram publicados pelo Almanaque do São Paulo, do autor Alexandre da Costa.

Osvaldo Cunha chegou ao Corinthians ciente de que sua missão não seria nada fácil. Se comparado ao São Paulo, a estiagem de títulos paulistas do alvinegro do Parque São Jorge era bem mais significativa!

Um grande momento no Corinthians aconteceu em 6 de março de 1968, no Pacaembu, na famosa vitória por 2×0 que representou o fim do “Tabu” em partidas do campeonato paulista contra o Santos. Os gols foram marcados por Paulo Borges e Flávio.

Osvaldo Cunha também participou da boa campanha no “paulistão” de 1969, quando o Corinthians perdeu o rumo na competição após o trágico acidente que vitimou os jogadores Eduardo e Lidu.

O lateral-direito deixou o Parque São Jorge no início da temporada de 1971, quando foi negociado com o América Futebol Clube (MG).

Crédito: revista do Esporte.

O fim do Tabu em 1968. O Corinthians finalmente venceu o Santos. Partindo da esquerda; Carlos Alberto Torres, Édson Cegonha, Pelé no chão, Luís Carlos, o árbitro argentino Roberto Goycochea e Osvaldo Cunha. Crédito: jovempan.uol.com.br.

Pelo Corinthians, entre 1967 e 1970, Osvaldo Cunha disputou 66 partidas com 40 vitórias, 11 empates, 15 derrotas e 1 gol marcado. Os números foram publicados pelo Almanaque do Corinthians, do autor Celso Dario Unzelte.

Jogando pelo América (MG), Osvaldo Cunha foi campeão mineiro em 1971, um título invicto que derrubou um longo jejum e ainda contou com o artilheiro da competição, Jair Bala, com 14 gols marcados.

Osvaldo Cunha permaneceu nas fileiras do América (MG) até 1972, ano em que deixou o futebol profissional.

Conforme publicado pelo site do Milton Neves, o ex-jogador mora em sua terra natal, Pedreira (SP). Osvaldo Cunha já foi proprietário de uma fábrica de canecas e está aposentado!

Atualmente, Osvaldo Cunha dedica seu tempo na descoberta de jovens talentos que aparecem no futebol de Campinas e região.

No inacabado Morumbi, o ponteiro-esquerdo santista Edu capricha em uma cobrança de falta. Na barreira do Corinthians, Osvaldo Cunha aparece em destaque. Crédito: revista Placar.

Foto de Lemyr Martins. Crédito: revista Placar – 22 de janeiro de 1971.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: tardesdepacaembu.wordpress.com, revista Placar (por Arthur Ferreira, Carlos Maranhão, Divino Fonseca, Lemyr Martins e Pio Pinheiro), revista do Esporte, revista A Gazeta Esportiva Ilustrada (por Gilberto Renato Rodrigues e Orlando Gasperini), Jornal A Gazeta Esportiva, Jornal da Tarde, Jornal dos Sports, Jornal Folha de São Paulo, campeoesdofutebol.com.br, corinthians.com.br, gazetaesportiva.net, globoesporte.com, guaranifc.com.br, jovempan.uol.com.br, site do Milton Neves, Almanaque do Corinthians – Celso Dario Unzelte, Almanaque do São Paulo – Alexandre da Costa, albumefigurinhas.no.comunidades.net.